Falo de ti às pedras das estradas,
E ao sol que e louro como o teu olhar,
Falo ao rio, que desdobra a faiscar,
Vestidos de princesas e de fadas;
Falo às gaivotas de asas desdobradas,
Lembrando lenços brancos a acenar,
E aos mastros que apunhalam o luar
Na solidão das noites consteladas;
Digo os anseios, os sonhos, os desejos
Donde a tua alma, tonta de vitória,
Levanta ao céu a torre dos meus beijos!
E os meus gritos de amor, cruzando o espaço,
Sobre os brocados fúlgidos da glória,
São astros que me tombam do regaço!
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
E ao sol que e louro como o teu olhar,
Falo ao rio, que desdobra a faiscar,
Vestidos de princesas e de fadas;
Falo às gaivotas de asas desdobradas,
Lembrando lenços brancos a acenar,
E aos mastros que apunhalam o luar
Na solidão das noites consteladas;
Digo os anseios, os sonhos, os desejos
Donde a tua alma, tonta de vitória,
Levanta ao céu a torre dos meus beijos!
E os meus gritos de amor, cruzando o espaço,
Sobre os brocados fúlgidos da glória,
São astros que me tombam do regaço!
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
Este poema trata do amor.
ResponderEliminarA autora confessou o seu amor a várias coisas, à estrada, ao sol, ao rio, às gaivotas e aos mastros.
Este poema enquadra-se no dia-a-dia dos jovens porque com certeza que todos nós já tivemos um amor, à quem confessássemos ou não a alguém.
Realmente, o poema fala do amor que a Florbela Espanca, sente (por alguém).
ResponderEliminarNa minha opinião, o objectivo da poetisa ao dar tantos exemplos de coisas, às quais falou de alguém («Falei de ti...»), é demonstrar o tamanho amor que sente (por esse alguém).
Concordo contigo no ponto em dizes:«Este poema enquadra-se no dia-a-dia dos jovens porque com certeza que todos nós já tivemos um amor».
Quando nós estamos apaixonados, só nos apetece gritar e confessar a todos, o quanto amamos alguém e tudo o que sentimos (por essa pessoa), que neste caso é o que a autora fez.
Cátia Rodrigues.